segunda-feira, setembro 30, 2013

Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir
desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!
Martha Medeiros

terça-feira, fevereiro 08, 2011

SO PORQUE VOCE NAO GOSTA DE TELEFONE

Não me telefona mais!!!
Eu nunca fui a um Templo Krishna
e não estava escrito na cara do girassol

que para te olhar nos olhos
tinha primeiro que reverenciar Ganesha!

Eu só te vi uma vez
e não foi preciso rasgar o Véu de Maya
pois tua figura esguia, de branco
me aguardando no topo da escada rolante
me abriu os braços da alma

Desde então
eu fujo por aí...
correndo da epidemia da solidão
mas acolhendo a tristeza das esquinas
(armadilha de heróis)

Desde então
o suor escorre entre meus seios
e minhas lágrimas umidecem
o orgasmo dolorido da solidão

Desde então
meu refúgio é a distância
a estrada do esquecimento
fria e corajosa como o inverno
que segue seu curso, no seu tempo
engolindo o eterno gosto
do abandono....

Valéria Borges




domingo, outubro 03, 2010

OS ESTATUTOS DO HOMEM (ATO INSTITUCIONAL PERMANENTE)



Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade,
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.


Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.


Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.
Parágrafo único: O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.


Artigo V
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.


Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.


Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.


Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.


Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
uso do traje branco.

Artigo XI

Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.


Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.
Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.


Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.


Artigo Final
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.


Thiago de Melo

CANÇÃO PARA OS FONEMAS DA ALEGRIA
Thiago de Mello
A Paulo Freire
...
Peço licença para algumas coisas.
Primeiramente para desfraldar
este canto de amor publicamente.


Sucede que só sei dizer amor
quando reparto o ramo azul de estrelas
que em meu peito floresce de menino.


Peço licença para soletrar,
no alfabeto do sol pernambucano
a palavra ti-jo-lo, por exemplo,


e pode ver que dentro dela vivem
paredes, aconchegos e janelas,
e descobrir que todos os fonemas


são mágicos sinais que vão se abrindo
constelação de girassóis gerando
em círculos de amor que de repente
estalam como flor no chão da casa.


Às vezes nem há casa: é só o chão.
Mas sobre o chão quem reina agora é um homem
diferente, que acaba de nascer:



porque unindo pedaços de palavras
aos poucos vai unindo argila e orvalho,
tristeza e pão, cambão e beija-flor,


e acaba por unir a própria vida
no seu peito partida e repartida
quando afinal descobre num clarão


que o mundo é seu também, que o seu trabalho
não é a pena que paga por ser homem,
mas um modo de amar - e de ajudar


o mundo a ser melhor
Peço licença
para avisar que, ao gosto de Jesus,
este homem renascido é um homem novo:


ele atravessa os campos espalhando
a boa-nova, e chama os companheiros
a pelejar no limpo, fronte a fronte,


contra o bicho de quatrocentos anos,
mas cujo fel espesso não resiste
a quarenta horas de total ternura.


Peço licença para terminar
soletrando a canção de rebeldia
que existe nos fonemas da alegria:
canção de amor geral que eu vi crescer
nos olhos do homem que aprendeu a ler.

quinta-feira, setembro 30, 2010

De que são feitos os afetos?
São tecidos com fios de sol, mesmo quando as nuvens,
enganosa mente, temporária mente,
parecem capazes de emudecê-lo.
Ana Jácomo


quarta-feira, setembro 22, 2010

Feliz Primavera!!!!


Essa vontade de espalhar buquês de sorrisos por aí, porque os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando ou de vez em muito, não deixam adormecer a ideia de um mundo que possa acordar sorrindo.

Pra toda gente.
Pra todo ser.
Pra toda vida."



O tempo, de vento em vento,desmanchou o penteado arrumadinho
de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes
descabelou completamente a minha alma.

Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali,
no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura.
A gente não precisa de certezas estáticas.
A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar.
De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura.

De duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias.
A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos.
A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece,
apesar de tudo o que já viu.
É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele da alma.
A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver.
A gente precisa mesmo é aprender a ser feliz a partir

do único lugar onde a felicidade pode começar,
florir, esparramar seus ramos, compartilhar seus frutos.


Tudo o que eu vivi me trouxe até aqui e sou grata a tudo, invariavelmente.

Curvo meu coração em reverência a todos os mestres,
espalhados pelos meus caminhos todos,
vestidos de tantos jeitos, algumas vezes disfarçados de dor.
Eu mudei muito nos últimos anos, mais até do que já consigo notar,
mas ainda não passei a acreditar em acaso.


Ana Jácomo

terça-feira, setembro 21, 2010




Tinha vantagens não saber do inconsciente, vinha tudo de fora,
maus pensamentos, sensações, desejos.
Contudo ficar sabendo foi melhor, estou mais densa,
tenho âncora, paro em pé por mais tempo.
De vez em quando ainda fico oca, o corpo hostil e Deus bravo. Passa logo.
Como um pato sabe nadar sem saber, sei sabendo que, se for preciso,
na hora H nado com desenvoltura.
Guardo sabedorias no almoxarifado.

Adélia Prado

**

A vida é muito bonita,
basta um beijo
e a delicada engrenagem movimenta-se,
      uma necessidade cósmica nos protege.”
**

***
Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.

A mim que desde a infância venho vindo
como se o meu destino
fosse o exato destino de uma estrela
apelam incríveis coisas:
pintar as unhas, descobrir a nuca,
piscar os olhos, beber.
Tomo o nome de Deus num vão.
Descobri que a seu tempo
vão me chorar e esquecer.
Vinte anos mais vinte é o que tenho,
mulher ocidental que se fosse homem
amaria chamar-se Eliud Jonathan.
Neste exato momento do dia vinte de julho
de mil novecentos e setenta e seis,
o céu é bruma, está frio, estou feia,
acabo de receber um beijo pelo correio.
Quarenta anos: não quero faca nem queijo.
Quero a fome.



"Eu sou à esquerda de quem entra. E estremece em mim o mundo.

(...) Sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.Sou um coração batendo no mundo."


Agora preciso de tua mão,



não para que eu não tenha medo,


mas para que tu não tenhas medo.


Sei que acreditar em tudo isso será,


no começo, a tua grande solidão.


Mas chegará o instante em que me darás a mão,


não mais por solidão, mas como eu agora:


Por amor.




domingo, setembro 19, 2010

Frida Kahlo



Tarde triste de agosto
neste ermo de secretas covas
repousa um corpo sem desgosto
sofre um coração em lágrimas.

Na falsa paz da insídia do destino,
eis que me curvo:
fui apanhada nas malhas
de armaduras e gesso.

Tudo é lícito neste leito injusto
inútil chorar lágrimas não ouvidas
soluços silentes.

Somos os mortos de ontem
tranqüilos
sobreviventes.

Frida

Que canto há de cantar o que perdura?



A sombra, o sonho, o labirinto, o caos
A vertigem de ser, a asa, o grito.
Que mitos, meu amor, entre os lençóis:
O que tu pensas gozo é tão finito
E o que pensas amor é muito mais.


Como cobrir-te de pássaros e plumas
E ao mesmo tempo te dizer adeus
Porque imperfeito és carne e perecível
E o que eu desejo é luz e imaterial.


Que canto há de cantar o indefinível?
O toque sem tocar, o olhar sem ver
A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.
Como te amar, sem nunca merecer?


Hilda Hilst


"Aflição de ser eu e não ser outra.

Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha
Objeto de amor, atenta e bela.

Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.
(A noite como fera se avizinha)

Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel

Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra."


quinta-feira, setembro 09, 2010

Papel


Carlso Drummond de Andrade


E tudo que eu pensei
e tudo que eu falei
e tudo que me contaram
era papel.


E tudo que descobri
amei
detestei:
papel


Papel quanto havia em mim
e nos outros, papel
de jornal
de parede
de embrulho
papel de papel
papelão.

sexta-feira, setembro 03, 2010


Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...

Carlos Drummond de Andrade



"Desejo"

Desejo a vocês...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu."
Te Amo Amigo...Até Breve...!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, setembro 02, 2010

Viemos de outros mundos, contemplamos
galáxias de cristal, contas de vidro...
Do núcleo ao elétron, co-criamos
o Universo inteiro reunido!
O que há em cima espelha o que há em baixo,
estar no centro é o mesmo que estar fora;
das ilusões e véus, eu me desfaço:
o pequenino rio é mar agora...
A lágrima, - esta pérola que chora, -
era oceano, infinito e vasto...
O sol do amanhecer foi brasa, outrora,
não há fronteiras mais: - há tempo-espaço!
Giram cirandas, asas delta, rosas,
golfinhos põem o mar em movimento...
Eclode, assim, a Vida, – caprichosa, -
morre e ressurge a cada nascimento;
não reconhece o mal no Bem que dura;
dissolve e cria; gera luz e treva;
e transcendendo a morte nos eleva:
é Shiva que, dançante, transfigura
a antiga forma em nova criatura...

Yasmin Anukit

Beto Guedes


Pura rotina....

Tudo se torna habitual,



mesmo quando a emoção determina o compasso das coisas.


Tudo muito habitual,


emaranhado de rotina,


feitiço do tempo contra-(tempo)


Vez ou outra me assusto com um tom,


um som diferente...talvez seja puro devaneio


ou ilusão.


Dia após dia... de outono, inverno ou verão...


todos que tento transformar em primavera


pra você....






caminho dentro deste circulo, encarando dia a dia


o espelho, o chuveiro....abrindo e fechando as portas vou indo....

mesmo de cara limpa, encaro o vazio,


derroto as opiniões ecoadas nas paredes da minha mente.


Outro dia...dei bom dia pro lustre que me olhava acintosamente....


Faço uma lista das intenções de cada coisa que preenche meu dia.....tudo lá....dia após dia...


Tudo muito habitual,


na madrugada floresço, incansável flor-do-dia


irônico mas real como tudo o que vivo


a rotina leve de cada dia


o breve espaço de tempo


o breve sentimento